Triplo salto

O triplo salto ou salto triplo é uma especialidade olímpica de atletismo. A modalidade requer uma combinação de velocidade e técnica do atleta.

História:

O triplo salto faz parte da competição olímpica desde a primeira edição moderna, em Atenas de 1896. O primeiro campeão olímpico da modalidade foi o estado-unidense James Connolly. A prova feminina estreou-se nos Jogos de Atlanta em 1996, ficando a ucraniana Inessa Kravets como vencedora.
Portugal conta actualmente com um atleta de elevada qualidade, Nelson Évora, que se sagrou campeão do mundo da especialidade (Campeonato Mundial de Atletismo 2007, em Osaka - Japão), com 17,74 metros. É ainda detentor do recorde nacional português, com a segunda melhor marca mundial do ano.

Técnica:

O atleta ideal deve possuir velocidade, força, potência, habilitadade e ser robusto. Uma boa estatura (1,85m) facilita o salto.
Para descrever o salto triplo dividiremo-lo em fases:
- A corrida;
- Os saltos: primeiro, segundo e terceiro;
- A queda.

• A corrida caracteriza-se pelo menor comprimento do penúltimo passo (comparando com o salto em comprimento), fazendo assim com que se evite a perda de velocidade durante a impulsão, aspecto que é necessário para o salto de distância.

• O primeiro salto é o mais baixo de todos, com um ângulo de saída aproximado de 16º. No final da impulsão o tronco está um pouco mais inclinado para a frente do que no salto em comprimento. Durante esta fase, o atleta deve preparar a queda para que esta seja suave. Este processo deve demorar um pouco, já que a sua execução prematura provocará um
  desequilíbrio natural.
  O movimento consiste em:

- A perna livre vai para cima e para baixo com a finalidade de executar a impulsão do salto seguinte.

- A perna de impulsão dobra-se com o calcanhar junto às nádegas e em seguida é movida para a frente e estende-se para fazer contacto com o solo.

- O tronco permanece na vertical e os braços fazem um movimento de equilíbrio.

- O pé toca no solo de “chapa” e a perna flexiona-se para amortecer o impacto.

• A técnica do segundo salto é basicamente a mesma que o primeiro, embora o segundo seja o mais curto de todos e seja executado sob condições de dificuldades maiores, já que a perna tem que absorver o impacto do peso do atleta e imprimir-lhe uma nova impulsão. A maior diferença é que neste segundo salto, o joelho da perna livre permanece elevado para a frente e só nos últimos instantes é que ela se estica para a frente e contacta o solo.

• O terceio salto é um verdadeiro salto de extensão. O movimento é parecido com o de um salto em comprimento.
  A execução deste salto não é feita em condições muito favoráveis, pois a maior parte da velocidade foi perdida devido aos saltos anteriores. Normalmente, o terceiro salto é o segundo em tamanho, o menor é sempre o segundo salto.